domingo, 8 de setembro de 2013

"a solidão é fera, a solidão devora"



Há noites em que ela se agiganta 
e me sacode do sono, 
me arranca do sonho, 
ela me levanta da cama, 
me faz andar pela casa, 
e olhar pela janela.
Ela me faz chorar...

terça-feira, 3 de setembro de 2013

"quando eu era espera, nada era, nem chovia"



você tem toda a razão de novo eu não quero corpo o frasco vazio preciso conteúdo continente pra ficar contente você tem a razão inteira palavras misturadas besteira você tem toda a razão me aconselha não misture fogo com porto seguro dá dor não misture amizade com amor

segunda-feira, 2 de setembro de 2013

"o  por do sol vai renovar brilhar de novo o seu sorriso"




Eu desapareci. Eu sei.
De todos os lugares onde devia estar.
Dos lugares onde sempre gostei de estar. E das pessoas.
É que eu andei cansada.
Eu estive cansada. Do meu trabalho. Da minha casa. Da minha família.
Das redes sociais, das conversas.
Andei cansada da vaidade. Do batom e do rímel.
Cansada de esperar, pedir e perder amor.
Andei cansada de falar. De ouvir. De me expor. De tentar entender. De não entender.
Cansada de não poder errar. Cansada de ser certinha. Não ultrapassar o sinal vermelho. Não ultrapassar qualquer limite. Cansada de não correr. E de correr.
Cansada de errar. De não me perdoar escolhas erradas. Cansada de escolhas erradas.
Cansada de pensar em tudo que já foi e não é mais. Cansada de pensar em tudo o que nunca foi. Cansada das ilusões todas.
Cansada de correr em círculos como um cão correndo atrás do próprio rabo.
De não chegar a lugar algum.
De não saber aonde se quer chegar.
De não sair do lugar.
Cansada de só ter o espelho, e não querer mais o espelho.
E durante muitos dias fiquei assim. Fora de mim, fora dos outros.
Calei-me. Chorei-me. Sarei-me.
E continuei-me.
E continuemos.

domingo, 1 de setembro de 2013

sol, mel, fogo, veneno e mar. Fome!

"as palavras fogem se você deixar"



o telefone não tocou
o e-mail não chegou
o interfone não chamou
você não me chamou
eu esperei
eu não espero mais
eu espero mais
eu espero mais que telefone,
mais que e-mail, mais que mensagem
eu espero presença
corpo calma alma
eu espero
e de esperar vou me doendo
de vontade de um cheiro
que misture
sol
mel
fogo
veneno
e mar
E fome!

sexta-feira, 16 de março de 2012

Naísa e Caio, o par


De repente, na estrada, a bagagem ficou mais leve...
De repente, no caminho, dois: Naísa e Caio




O texto abaixo era pra ter sido dito para Naísa e Caio no dia do casamento, em abril de 2011. Mas como alguns sabem, eu estava bem doente, achei mesmo que ia entrar de demoiselle de braços dados com a haste de soro, e se precisasse ser assim, ainda assim eu iria, não perco uma boa estória e uma boa festa por nada. Mas o fato é que estava bem fraca pra dizer o texto, bem fraca pra me emocionar ainda mais. E guardei. E Naísa e Caio chamaram pra eu dizê-lo pra entrar no vídeo. E fiz. E quis compartilhar. Aí está.

Ah! A foto belíssima é do belíssimo Fábio http://blog.fabiooliveira.com.br
Acessem e encantem seus olhos, e percebam lá que, tecnologias digitais a parte, a fotografia ali é ainda o que se revela.


Como boa noveleira que sou repito a frase de Bebel em Paraíso tropical:
“Que boa ideia este casamento primaveril em pleno outono!!!”

Que boa ideia ESTE casamento.

Mas sinto decepcioná-los, essa ideia não é de vocês.

Eu já digo de onde vem a idéia.

No noivado eu disse não entender o mistério que é um ser escolher um outro ser no meio de bilhões de seres outros. Deixei pra lá. É mistério. Não é razão. Não é entender. É sentir. É aceitar.

E agora, pra falar de outro mistério, faço um convite: vamos de novo abandonar a racionalidade. Vamos, só por hoje, esquecer a ciência. Sim, porque a ciência explica o mundo, mas também desencanta o mundo. E hoje nós falamos justamente de encantamento. E de mistério. Só por hoje vamos esquecer o que aprendemos na escola. Esquecer Darwin e suas idéias de evolução. Hoje vamos falar de poesia e jardim. E do mistério do encontro. Da poesia do encontro no jardim.

Era uma vez um Jardim.
Era uma vez o Criador.
Aquele que dividiu Terra e Água, Céu e Mar.
E fez os animais. Aos pares. E fez Adão. E minha cabeça cheia de poesia só quer saber de imaginar Adão olhando os seres em pares.
E Deus olhando Adão olhando os seres em pares.
Deus olhando Adão na sua espera. Adão que foi criado completo, inteiro, sentiu falta do seu par.
Existe maior contradição? Ser completo e sentir falta, ser inteiro e faltar um pedaço?
É no amor que damos conta dessa contradição. De mais essa entre tantas.
Deus então fez Eva para a espera de Adão. E viram, todos, que ser dois é que era bom. Vem daí que eu digo: a ideia de esperar pra se unir ao seu par não é só de vocês, a idéia de vocês é bíblica. Ser dois é bíblico. Não se enganem, ser um na junção da carne pode até ser biológico, mas ser dois na espera das almas é bíblico. É mistério. É sagrado. É divino.

Era uma vez um outro jardim. E nele ia Caio, de novo o 1º homem. E ia completo. E no jardim vinha Naisa, de novo a 1ª mulher. E o mistério de novo se fez. Porque Caio esperava Naisa como o 1º homem esperou a 1ª mulher, intuindo sua falta, esperando sua existência. E quando se encontraram, quiseram ser dois. Quiseram ser um par.
No encontro, os dois renascidos, renovados, porque no amor, o outro mistério é esse: reinauguramos a criação, somos recriados, por isso, no amor somos novos de novo, por isso renascidos.
Por isso também a canção diz: “Vem e aumenta em mim o único que sou, me subtrai do que em mim passou, é amor, vem”

É amor, vocês sabem, e nós sabemos, é amor!

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

"pois há um lugar em que o Sol brilha pra você"



"Sobrevivo a cada manhã quando, cruzando as portas e corredores que me conduzem às ruas intermináveis, imagino sempre que sou invisível para cada um dos que passam. Ninguém suspeita de meu segredo, caminho severa pelas calçadas, olhos baixos para que minha sede não transpareça: ah sou tão morena e magrinha que ninguém me adivinha assim como tenho andado - castamente cinzelada no topo deste morro onde os ventos não cessam jamais de uivar, tendo entre as mãos, como quem segura lírios maduros dos campos, uma espera tão reluzente que já é certeza"  Caio F



 Felicidade - Marcelo Jeneci

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Se é pra sonhar, eu sonho.

Será domingo e haverá sol ameno
E haverá amor,
E os amigos estarão lá,
e os planos também


Marcelo Jeneci - Pra sonhar

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Todo dia é sempre um novo recomeço. Um outro começo, novo... Assim, redundante.

Se não for hoje, um dia será.
Algumas coisas, por mais impossíveis e malucas que pareçam, a gente sabe, bem no fundo, que foram feitas pra um dia dar certo.
                                                                                              Caio F.


Quero começar com Caio porque ele sempre me enche de uma fé boa, uma esperança que não é tola, uma esperança que é criança, porém não infantil, por que ele me lembra que a vida pode preparar pequenas surpresas e me mostrar nas pequenas sutilezas do dia a dia motivos pra eu me encher de coragem de ser feliz de novo, e de novo, a cada novo dia que às vezes começa  tão sofrido e doído e difícil.
.
E nesse dia que começa assim, eu sou o sujeito daquela canção “Mas enquanto o sol puder arder/ Não vou querer meus olhos escurecer”
E faço uma lista de motivos pra eu ser feliz,
e outras vezes faço uma lista dos motivos pra eu ter esperança,
aquela esperança de que Caio falou.
Eu sou feliz por que:
eu tenho o nome mais bonito de todos
eu tenho  Mariana
eu tenho melhores amigos
eu leio Clarice
eu leio Caio F.
eu escuto Nando Reis
eu não faço as pessoas chorarem
eu faço as pessoas rirem
eu já posso doar sangue

E eu devo ter esperança porque:
eu tenho é muito amor pra dar
eu sou cearense
eu sou engraçada
eu gosto das cores de Almodóvar
eu gosto das boas canções
E de novo, hoje, eu fui feliz e tive esperança.

Bem vindos!

Luiz Melodia - Magrelinha